A técnica, conhecida como somnoplastia , envolve a administração de ondas de rádio (radiofrequências) na parte posterior da garganta (palato mole).
Este método de somnoplastia convenceu o Departamento de Saúde dos Estados Unidos (FDA), que o aprovou. Trata-se de criar pequenas lesões nos músculos do palato mole com a ajuda de um elétrodo portador de ondas de radiofrequência. Estas lesões, de carácter térmico, provocam a contração dos músculos do palato mole à medida que cicatrizam. Desta forma, reduzem o volume do tecido do palato mole e geram fibrose, tornando-o mais rígido e menos flácido. Tecnicamente, são necessárias apenas três lesões, uma na linha média e outras duas lateralmente no palato mole, sendo que cada punção dura cerca de 25 segundos. Em comparação com a cirurgia, a somnoplastia tem a vantagem de ser menos invasiva (não há remoção cirúrgica), de respeitar as estruturas anatómicas, pelo que não há risco de alteração da voz, e de ser indolor. Realizada sob anestesia local pura, substituiu progressivamente a técnica laser, mais dolorosa e invasiva, sendo atualmente proposta a cirurgia apenas nos casos de excesso de volume das amígdalas que não podem ser removidos por esta técnica. Normalmente são necessárias 2 a 3 sessões.
O único problema é o tratamento da úvula, que não pode ser tornada rígida, uma vez que está frequentemente esticada nos ressonadores e contribui para o ressonar. Nestas condições, é necessário combinar a somnoplastia com uma uvulectomia parcial por radiofrequência, que consiste em cortar a parte inferior e não muscular da úvula. Esta uvulectomia é simplesmente efectuada ao mesmo tempo que a sessão de somnoplastia, sendo a única alteração a possibilidade de uma semana de dor pós-operatória.
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Gerador de radiofrequência |
Elétrodo de radiofrequência |
Sessão de radiofrequência após injeção | de anestésico no palato mole |